domingo, 14 de julho de 2013

Livros para férias




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Para o 3.º ano, sugerimos, por exemplo, o livro "O Senhor do seu Nariz e outras Histórias" de Álvaro Magalhães ou, então, os "Contos para a Infância" de Guerra Junqueiro.
Se a criança preferir a poesia, uma boa escolha é o livro de Matilde Rosa Araújo, "As Fadas Verdes" ou os "Poemas da Mentira e da Verdade" de Luísa Ducla Soares. A tradução de "As Aventuras de Pinóquio" de Carlo Collodi é igualmente uma ótima opção.
Uma vez que a progressão da leitura se faz em espiral, à medida que a criança cresce, torna-se cada vez mais autónoma na leitura. Assim, poderá assumir o papel de leitor, lendo para a família, de forma expressiva, os textos ou livros que escolheu, depois de se preparar devidamente.
Então, para o 4.º ano, recomendamos os "Contos de Andersen" (preferencialmente traduzidos por Silva Duarte) de Hans Christian Andersen.
Caso prefira a poesia, uma boa escolha é o livro "Versos de Cacaracá" de António Manuel Couto Viana ou "Mistérios" de Matilde Rosa Araújo.
Um outro exercício do agrado das crianças é a dramatização de peças de teatro. Este tempo de férias é propício a esta atividade e para o efeito poder-se-á optar por "Teatro às Três Pancadas" de António Torrado.
Devemos, pois, tudo fazer para que as nossas crianças leiam e pratiquem intensivamente a leitura, tanto oral como silenciosa. Começar cedo é o melhor caminho e nas férias a melhor forma de ser feliz.
Na próxima semana, faremos algumas sugestões para o 2.º Ciclo.

Lúcia Vaz Pedro - Jornal de Notícias

sábado, 13 de julho de 2013

Sugestão!

Querem continuar a trabalhar a expressão oral e escrita?
 E que tal fazerem um diário sobre as vossas férias?
 O que fiz, com quem estive, o que gostei mais, o que gostaria de ter feito...
 Duas a três frases por dia, corretamente organizadas, seria um bom exercício!

sábado, 6 de julho de 2013

Como ajudar um filho a estudar Português?

Publicado às 00.00 * LÚCIA VAZ PEDRO (Jornal de Notícias) A missão de um professor de Português é cada vez mais difícil, na medida em que as dificuldades têm vindo a agravar-se e o número de alunos por turma dificulta o ensino individualizado. Assim, são, muitas vezes, os pais que procuram ajudar os filhos a ultrapassar dificuldades residuais, embora tenham pouco tempo para o fazer devido às exigências profissionais dos dias de hoje. Então, como poderão ajudar os filhos, sendo as matérias tão diferentes daquelas que aprenderam? Em primeiro lugar, é preciso tomar consciência de que, ao nível da Língua Portuguesa, tudo passa pela leitura. De facto, a leitura é o melhor exercício para desenvolver a compreensão e a expressão, pois consolida e esclarece estruturas linguísticas, enriquecendo o vocabulário e desenvolvendo as diferentes competências. Deste modo, é fundamental que os pais sensibilizem os filhos para a sua importância. Todos sabemos que esse hábito é cada vez menor devido à existência de outros entretenimentos que desviam os jovens dos livros. O que fazer quando um filho nos diz que não gosta de ler? Talvez fazer "programas" que passem por uma ida à biblioteca ou a uma livraria. Aí, o jovem poderá escolher os livros, apreciar as capas, ler algumas páginas e, quem sabe, isso lhe desperte o gosto pela leitura. Quanto aos mais novos, essa tarefa é mais simples e começa quando o pai ou a mãe criam o hábito de ler uma história em voz alta ao filho. Além disso, quando a criança vê os pais a ler habitualmente, terá a tendência para os imitar. Porém, há crianças e jovens que têm dificuldades gráficas que impedem a compreensão e a expressão escritas, nomeadamente, a pontuação, a acentuação, a ortografia. Quanto mais cedo se trabalhar estas competências, mais fácil será para o aluno as dominar. Então, sugerimos uma exercitação sistemática a esse nível. Existem alguns livros no mercado com exercícios desse tipo e com soluções que serão, certamente, uma boa forma de os pais acompanharem o estudo dos filhos. Na verdade, são as dificuldades mais primárias que podem causar mais transtornos, retirando até o prazer da leitura. Se as dificuldades forem de índole gramatical (pronominalização, concordância do sujeito com o predicado, tempos verbais), aconselhamos igualmente a realização de exercícios de forma sistemática, de modo a facilitar a interiorização das regras inerentes à correção linguística. Quando o jovem tem dificuldades em elaborar textos coesos, coerentes e com lógica discursiva, é muito importante que faça uma planificação inicial dos mesmos. Essa esquematização ajudá-lo-á a organizar as ideias e a expô-las corretamente. Dominar a língua portuguesa é um dos fatores de sucesso na aprendizagem, uma vez que se trata de uma disciplina transversal. Por isso, há que investir nessa área, utilizando todos os recursos referidos. Pais e professores poderão aliar-se nessa missão, contribuindo, em sintonia, para melhores alunos e uma melhor escola pública. * Professora de Português e formadora do acordo ortográfico jn.acordoortografico@gmail.com