No dia 18 de fevereiro vamos encontrar-nos com a escritora Gisela Silva.
A obra a trabalhar intitula-se "O segredo da Moura".
Mas, afinal, quem foram os mouros?
Tratava-se de um povo africano que
vivia onde ficam hoje o Marrocos e a parte ocidental da Argélia. O termo
vem do latim maures, que significa "negro", em referência à pele escura
da população que havia sido dominada pelo Império Romano no século I
a.C. No início do século VIII d.C., os mouros se converteram ao
islamismo após o contato com árabes vindos do Oriente Médio para
espalhar os mandamentos do profeta Maomé. A religião que os mouros
levaram consigo ao invadir a península Ibérica contribuiria, porém, para
sua expulsão da Europa. Foi o sentimento antimuçulmano que fez crescer,
nos territórios cristãos ocupados, a resistência aos invasores a partir
do século XI, principalmente no norte da Espanha. Ali ficava o reino de
Castela, onde surgiu o líder militar El Cid, consagrado herói na luta
pela libertação de seu povo.
Em geral, as lendas das mouras encantadas
que guardam tesouros, andam associadas a montes, florestas, rochedos,
monumentos pré-históricos ou fontes e revelam restos de tradições muito
antigas.
Alexandre Parafita,
na sua obra "A Mitologia dos Mouros", faz uma análise exaustiva desta
figura da memória colectiva peninsular, a partir da interpretação de 263
lendas, aí concluindo que, embora sejam apresentados na História
“oficial” como seres de “carne e osso”, invasores, pelejadores,
opressores, inimigos de Deus, e identificados com múltiplas denominações
(sarracenos, agarenos, muçulmanos, maometanos, infiéis, árabes,
bérberes, islâmicos, mouriscos, maurescos, moçárabes, mudejares, etc.),
os Mouros aparecem nas lendas como seres mágicos, com aparência humana
ou não, que guardam valiosos tesouros e vivem nos montes, nas fragas, em
torres, nos castros, nas grutas, nas covas, em cisternas, nos dólmens,
nas fontes, em lagos ou em rios.
Fonte: Internet
Sem comentários:
Enviar um comentário