Aos meus alunos

Aos meus alunos – a vós e a todos os outros

Este não é um cartão de despedida; as despedidas implicam lágrimas, e o que eu quero lembrar convosco são os momentos felizes: os sorrisos cúmplices, as gargalhadas espontâneas, a troca de saberes e partilha, esse brilhozinho nos olhos, estrelinhas de uma enorme constelação… O professor ensina, mas também aprende, e foi delicioso  tudo aquilo que aprendemos juntos! Guardo de cada um de vós um bocadinho no meu coração! Assim cresci e assim espero continuar a ver-vos crescer em corpo, alma, sabedoria, bondade e confiança. Se os pássaros têm asas e voam, também vós podeis voar; mais alto ou mais baixo, mas voemos!

Um grande abraço e até sempre.

Professora: Jesus Martins,

Dezembro, 2013

Pó de Estrelas

Livros para férias

 ...
Para o 3.º ano, sugerimos, por exemplo, o livro "O Senhor do seu Nariz e outras Histórias" de Álvaro Magalhães ou, então, os "Contos para a Infância" de Guerra Junqueiro.
Se a criança preferir a poesia, uma boa escolha é o livro de Matilde Rosa Araújo, "As Fadas Verdes" ou os "Poemas da Mentira e da Verdade" de Luísa Ducla Soares. A tradução de "As Aventuras de Pinóquio" de Carlo Collodi é igualmente uma ótima opção.
Uma vez que a progressão da leitura se faz em espiral, à medida que a criança cresce, torna-se cada vez mais autónoma na leitura. Assim, poderá assumir o papel de leitor, lendo para a família, de forma expressiva, os textos ou livros que escolheu, depois de se preparar devidamente.
Então, para o 4.º ano, recomendamos os "Contos de Andersen" (preferencialmente traduzidos por Silva Duarte) de Hans Christian Andersen.
Caso prefira a poesia, uma boa escolha é o livro "Versos de Cacaracá" de António Manuel Couto Viana ou "Mistérios" de Matilde Rosa Araújo.
Um outro exercício do agrado das crianças é a dramatização de peças de teatro. Este tempo de férias é propício a esta atividade e para o efeito poder-se-á optar por "Teatro às Três Pancadas" de António Torrado.
Devemos, pois, tudo fazer para que as nossas crianças leiam e pratiquem intensivamente a leitura, tanto oral como silenciosa. Começar cedo é o melhor caminho e nas férias a melhor forma de ser feliz.
Na próxima semana, faremos algumas sugestões para o 2.º Ciclo.

Lúcia Vaz Pedro - Jornal de Notícias

Sugestão!

Querem continuar a trabalhar a expressão oral e escrita?
 E que tal fazerem um diário sobre as vossas férias?
 O que fiz, com quem estive, o que gostei mais, o que gostaria de ter feito...
 Duas a três frases por dia, corretamente organizadas, seria um bom exercício!

Como ajudar um filho a estudar Português?

Publicado às 00.00 * LÚCIA VAZ PEDRO (Jornal de Notícias) A missão de um professor de Português é cada vez mais difícil, na medida em que as dificuldades têm vindo a agravar-se e o número de alunos por turma dificulta o ensino individualizado. Assim, são, muitas vezes, os pais que procuram ajudar os filhos a ultrapassar dificuldades residuais, embora tenham pouco tempo para o fazer devido às exigências profissionais dos dias de hoje. Então, como poderão ajudar os filhos, sendo as matérias tão diferentes daquelas que aprenderam? Em primeiro lugar, é preciso tomar consciência de que, ao nível da Língua Portuguesa, tudo passa pela leitura. De facto, a leitura é o melhor exercício para desenvolver a compreensão e a expressão, pois consolida e esclarece estruturas linguísticas, enriquecendo o vocabulário e desenvolvendo as diferentes competências. Deste modo, é fundamental que os pais sensibilizem os filhos para a sua importância. Todos sabemos que esse hábito é cada vez menor devido à existência de outros entretenimentos que desviam os jovens dos livros. O que fazer quando um filho nos diz que não gosta de ler? Talvez fazer "programas" que passem por uma ida à biblioteca ou a uma livraria. Aí, o jovem poderá escolher os livros, apreciar as capas, ler algumas páginas e, quem sabe, isso lhe desperte o gosto pela leitura. Quanto aos mais novos, essa tarefa é mais simples e começa quando o pai ou a mãe criam o hábito de ler uma história em voz alta ao filho. Além disso, quando a criança vê os pais a ler habitualmente, terá a tendência para os imitar. Porém, há crianças e jovens que têm dificuldades gráficas que impedem a compreensão e a expressão escritas, nomeadamente, a pontuação, a acentuação, a ortografia. Quanto mais cedo se trabalhar estas competências, mais fácil será para o aluno as dominar. Então, sugerimos uma exercitação sistemática a esse nível. Existem alguns livros no mercado com exercícios desse tipo e com soluções que serão, certamente, uma boa forma de os pais acompanharem o estudo dos filhos. Na verdade, são as dificuldades mais primárias que podem causar mais transtornos, retirando até o prazer da leitura. Se as dificuldades forem de índole gramatical (pronominalização, concordância do sujeito com o predicado, tempos verbais), aconselhamos igualmente a realização de exercícios de forma sistemática, de modo a facilitar a interiorização das regras inerentes à correção linguística. Quando o jovem tem dificuldades em elaborar textos coesos, coerentes e com lógica discursiva, é muito importante que faça uma planificação inicial dos mesmos. Essa esquematização ajudá-lo-á a organizar as ideias e a expô-las corretamente. Dominar a língua portuguesa é um dos fatores de sucesso na aprendizagem, uma vez que se trata de uma disciplina transversal. Por isso, há que investir nessa área, utilizando todos os recursos referidos. Pais e professores poderão aliar-se nessa missão, contribuindo, em sintonia, para melhores alunos e uma melhor escola pública. * Professora de Português e formadora do acordo ortográfico jn.acordoortografico@gmail.com

Santos Populares

A nossa turma

Somos o 3º A

E como nós já não há.

Dezassete rapazinhos

Que são muito marotinhos.

Seis belas moçoilas

 parecem umas papoilas.

Só queremos brincadeira

e fazemos muita asneira.

Trabalhámos como gente 

 e de forma inteligente.

No quadro interativo

foi tudo hiperativo.

Tanta Matemática estudámos

 que até nos fartámos!

Na Língua Portuguesa

os textos eram uma beleza!

Em Estudo do Meio aprendemos

 como nascemos, crescemos e nos desenvolvemos.

Nas Ciências Experimentais

as aulas foram divinais.

As músicas cantadas

foram bem apresentadas.

Na Educação Física houve um corta-mato

e também um campeonato.

Com as aulas de Inglês,

quase esquecemos o Português.

Com desenhos e pinturas

inventámos criaturas.

O presépio de Natal

não ficou nada mal.

Fizemos outros presentes

e os pais ficaram contentes.

Houve muita felicidade e também liberdade.

E assim terminámos mais um ano de escolaridade.

3º A 

Eb1 de Esposende

       

10 de junho - Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas

As armas e os barões assinalados Que da Ocidental praia Lusitana, Por mares nunca dantes navegados Passaram ainda além da Taprobana, Em perigos e guerras esforçados Mais do que prometia a força humana E entre gente remota edificaram Novo Reino, que tanto sublimaram; E também as memórias gloriosas Daqueles Reis que foram dilatando A Fé, o Império, e as terras viciosas De África e de Ásia andaram devastando, E aqueles que por obras valerosas Se vão da lei da Morte libertando Cantando espalharei por toda a parte Se a tanto me ajudar o engenho e arte.

-- Luís de Camões, Os Lusíadas (1572) Canto I, 1--2

A viagem espacial

Numa manhã o astronauta Tiago foi descobrir mais planetas.

O chefe disse:

- Entra no foguetão.

- Está bem chefe.

-Vai descolar dentro de alguns segundos.

Três, dois, um, zero!

O astronauta Tiago procurou planetas, mas não os encontrou.

Disse então ao chefe:

- Chefe, diga-me por onde hei de ir?

- Vai pela direita cinco vezes, de seguida três voltas à esquerda e depois sempre em frente.

O astronauta Tiago encontrou seis planetas. Primeiro encontrou o planeta das caras. Lá conheceu aliens com dez caras.

Depois encontrou o das estrelas. Aí encontrou aliens com vinte casacos feitos de estrelas.

No planeta dos palhaços, os aliens casaram com trinta palhaços e no das andorinhas encontrou aliens com cem andorinhas à sua volta. Finalmente, no das plantas os aliens estavam presos às plantas e na escola os aliens tinham uma professora que lhes dava lições muito rigorosas.

O astronauta Tiago veio para a Terra a mil duzentos e quarenta quilómetros à hora e chegou em dois segundos.

O chefe ficou muito contente por ele ter encontrado tantos planetas engraçados e disse-lhe que devia fazer uma festa.

Ele aceitou a sugestão.  Convidou todos os seus amigos e também os aliens para animarem o evento.

A festa durou até às tantas  e os aliens deitaram-se às sete horas e quinze minutos da manhã.

Tiago Fernandes 3ºA                                                                   

Joana e o mendigo

No dia seguinte, Joana levantou-se e preparou-se a toda a velocidade.

De seguida, foi ao encontro do pai, e insistentemente pediu-lhe para voltar à feira de diversões.

O pai questionou:

- Joana, por que queres lá voltar?

A Joana respondeu:

- Quero encontrar o velhinho que precisava de ajuda.

- Então eu vou lá contigo. Agora também estou curioso por conhecer e ajudar esse velhinho – disse o pai.

Quando chegaram à feira, em vez de um velhinho, para surpresa dos dois, estava um menino a vender os adesivos.

Joana aproximou-se e perguntou-lhe se ele conhecia o velhinho que lá estava no dia anterior.

Ele disse:

- É o meu pai, mas ficou adoentado e hoje não pode vir.

O pai da Joana ao ouvir o menino, com aquele ar tão triste, deu-lhe uma nota de 10 €, e a Joana entregou-lha, dizendo que não queria os adesivos.

Feliz, voltou para casa com o coração cheio de satisfação.

Tiago Fernandes 3º A                                                                                                                  27/05/2013